segunda-feira, 31 de março de 2008

SAUDADE



Como estou meio nostálgica hoje, procurei um texto que definisse a palavra "Saudade". O link está logo abaixo. É um texto lindo...


"SAUDADE

A palavra Saudade traz em si, diversos significados que podem ser interpretados de acordo com o contexto onde é aplicado. Sua origem encontra-se no Latim, Solitate, e se pesquisada, descobriremos que a conotação contemporânea distanciou-se da original. Saudade não mais se refere ao sentimento de solidão preservado em variações de línguas românicas como o espanhol: soledad e soledat.
Sobre a saudade, podemos encontrar definições como "Sentimento mais ou menos melancólico de ausência, ligado pela memória à situações de privação da presença de alguém ou de algo, de afastamento de um lugar ou de uma coisa, ou à ausência de certas experiências e determinados prazeres já vividos e considerados pela pessoa em causa como um bem desejável"; ou "Lembrança nostálgica e, ao mesmo tempo, suave, de pessoa ou coisa distante ou extinta. Pesar pela ausência de alguém que nos é querido". Como sinônimos, encontramos Lembrança e Nostalgia.
Em 30 de janeiro celebra-se o "Dia da Saudade". Na gramática Saudade é substantivo abstrato, tão abstrato que só existe na língua portuguesa. Os outros idiomas têm dificuldade em traduzi-la ou atribuir-lhe um significado preciso: Te extraño (castelhano), J'ai regret (francês) e Ich vermisse dish (alemão). No idioma inglês encontramos várias tentativas: homesickness (equivalente a saudade de casa ou do país), longing e to miss (sentir falta de uma pessoa), e nostalgia (nostalgia do passado, da infância). Mas todas essas expressões estrangeiras não definem o que sentimos. São apenas tentativas de determinar esse sentimento que nós mesmos não sabemos exatamente o que é. Não é só um obstáculo ou uma incompatibilidade da linguagem, mas é principalmente uma característica cultural daqueles que falam a língua portuguesa.
Saudade não tem cor, mas pode ter cheiro. Não podemos ver nem tocar, mas sabemos o quanto é grande. Pode ser o sentimento que alimenta um relacionamento amoroso ou apenas o que sobra dele. Pode ser uma ausência suave ou um tipo de solidão. Pode ser uma recordação daquele momento e daquela pessoa, que um dia, mesmo sabendo ser impossível, ousamos querer reviver e rever. É a dor de quem encontrou e nunca mais encontrará, de quem sentiu e nunca mais voltará a sentir. A saudade se combina com outros sentimentos e procria-se. A soma da saudade com a solidão é igual a Dor. O resultado da saudade com a Esperança é a Motivação.
Saudade é uma só, em diferentes palavras. É comum encontrá-la grafada nas lápides em alusão a dor da ausência provocada pela morte. Mas na Literatura e na Música é um tema crônico. É quem arquiteta a estrofe e conduz o tom. Não importa o gênero literário ou o estilo musical, não importa o autor, a época ou a situação.
Casimiro de Abreu versificou sua saudade da infância: "Oh! que saudades que eu tenho / Da aurora da minha vida / Da minha infância querida / Que os anos não trazem mais!". Álvares de Azevedo antecipou a saudade mortal: "Se eu morresse amanhã, viria ao menos / Fechar meus olhos minha triste irmã / Minha mãe de saudades morreria / Se eu morresse amanhã!". A poetisa portuguesa, Florbela Espanca, também registrou sua saudade: "E a esta hora tudo em mim revive / Saudades de saudades que não tenho... / Sonhos que são os sonhos dos que eu tive...".
O Rock brasileiro transformou a saudade numa de suas bandeiras. Renato Russo cantou: "nessa saudade que eu sinto / De tudo que eu ainda não vi". Ainda nas canções de Renato: "dos nossos planos é que tenho mais saudade". Entre o Rock e a MPB, Cazuza, declarou: "Saudade do que nunca vai voltar / E dos amigos que se foram / Eu hoje estou com saudade". Tom Jobim e Vinícius de Moraes compuseram: "Chega de saudade / A realidade é que sem ela não há paz...".
Saudade é um registro fiel do passado. É a prova incontestável de tudo que vivemos e ficou impresso na alma. Ao confessarmos uma saudade, na verdade, estamos nos vangloriando de que, ao menos uma vez na vida, conhecemos pessoas e vivemos situações que foram boas, e serão eternas em nossa alma. Nutri-la, é alimentar o espírito e a própria existência.
Se há tantas e, ao mesmo tempo, tão imprecisas definições de saudade,
resta-nos apenas cultivá-la e alimentá-la com pensamentos, músicas, perfumes, fotografias, lugares, fins de tarde e madrugadas. Saibamos viver plenamente o presente, pois ele será a saudosa lembrança de amanhã. "
É isso!
:o)

domingo, 30 de março de 2008

FRASES DE ALVO DUMBLEDORE (HARRY POTTER)




Resolvi colocar aqui algumas frases interessantes dita pelo personagem Alvo Dumbledore. É... É isso mesmo: o Diretor da Escola de Magia e Bruxaria de Hogwarts, dos livros de Harry Potter. Muitas pessoas que não têm conhecimento da obra falam mal dela sem sequer haver lido uma página. Pois deveriam saber que a história vai muito além de contar a vida de um bruxinho que ficou órfão quando era bebê e de seus amigos... Pode até parecer simples demais, cheia de clichês, talvez, mas também tem mensagens muito bonitas: amor (sobretudo), amizade e cumplicidade. É o mundo em que nós vivemos: a constante luta entre o bem e o mal para conseguir viver melhor. Aconselho aos amigos que não leram, que o façam, antes de me considerar só uma fã a mais... Não leio os livros por ler. Há um motivo... E esse motivo está explicado no decorrer das postagens que faço aqui em meu blog: AMOR... Sentimento este que ofereço para a razão da minha vida (o meu marido), para a minha família, para os meus amigos (os que estão perto, os que estão longe, os que estão ainda reticentes...), para os meus alunos e deposito no meu trabalho.

Aqui estão elas:

"Naturalmente está acontecendo dentro da sua cabeça, mas por que é que isto deveria significar que não é verdadeiro?"

"A verdade é uma coisa bela e terrível, por isso deve ser tratada com grande cautela."

"É necessária muita audácia para enfrentar nossos inimigos,mas maior audácia para enfrentarmos nossos amigos." (Juh_loveHP)

"São as nossas escolhas que revelam o que realmente somos, muito mais do que as nossas qualidades." (esta é a de que mais gosto)

"A velhice é tola e esquecida quando subestima a juventude."

"É possível encontrar a felicidade mesmo nas horas mais sombrias, se lembrar de acender a luz."

"Não vale a pena mergulhar nos sonhos e esquecer de viver." (e esta eu aprendi, graças a um amigo, recentemente...)

"O problema é que os seres humanos têm o condão de escolher exatamente aquilo que é pior para eles."

"Para uma mente bem estruturada, a morte é apenas uma aventura seguinte."

"Porque nos sonhos entramos num mundo inteiramente nosso. Deixe que mergulhe no mais profundo oceano, ou flutue na mais alta nuvem."

"As conseqüências dos nossos atos são sempre tão complexas, tão diversas, que predizer o futuro é uma tarefa realmente difícil."

"Sempre chame as coisas pelo nome que têm. O medo de um nome aumenta o medo da coisa em si."

"Em breve nós teremos que escolher entre o que é facil e o que é certo".

"Todos temos o bem e o mal dentro de si, mas o que realmente importa não são as semelhanças e sim as diferenças."

Alvo Dumbledore

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Colaborações de colegas:

João Paulo:

Só terei realmente deixado a escola quando ninguém mais aqui for leal a mim…"

"Hogwarts sempre ajudará aqueles que a ela recorrerem. ”


Henrique:

"Compreender é o primeiro passo para aceitar, e somente aceitando você pode se recuperar."

"Amortecer a dor por algum tempo apenas a tornará pior quando você finalmente a sentir."

quarta-feira, 26 de março de 2008

FÁCIL? DIFÍCIL?

Entrei em uma comunidade do orkut chamada "A essência da sensibilidade" e lá conheci uma pessoa que, apesar de nunca ter falado com ela, nos envia mensagens maravilhosas. Ela se chama Gênice Suavi.
Eis aqui o que me enviou hoje. Que lindo!
Fácil? Difícil?
É fácil falar...
Difícil por vezes é fazer!
É fácil escutar...
Difícil é ouvir de verdade!
É fácil ‘apontar’...
Difícil é o defeito do outro calar!
É fácil ‘dar de ombros’...
Difícil é alguém realmente ajudar!
É fácil se apaixonar...
Difícil é saber o valor do verdadeiro amar!
É fácil ‘calar’...
Difícil é saber usar o silêncio pra ensinar!
É fácil se isolar...
Difícil talvez é reagir, prosseguir!
É fácil entender...
Difícil é o verdadeiro compreender!
É fácil pedir...
Difícil pode ser o agir!
É fácil a teoria...
Difícil é praticar!
É fácil julgar...
Difícil é no lugar do outro se colocar!
É fácil deixar o ego a tudo conduzir...
Difícil é sentir com a alma, abençoar, soltar e deixar fluir!
Tudo é fácil quando agimos de coração,Em conjunto com o Ser Superior!
O que torna difícil?
É insistir que tudo é difícil,
Quando a dificuldade está somente em seu interior...
Pois age somente com o ego,
E esquece a Essência do Amor!
Autoria: Gênice Suavi

terça-feira, 25 de março de 2008

NASCIMENTO DE ANA LUISA

Hoje estou muito feliz!!!
Agora sou uma tia-postiça de verdade!!!
A Ana Luisa chegou a este mundo por volta das 10h da manhã, na Maternidade São Luiz!!!!
Desejo que Deus a acompanhe na longa e maravilhosa caminhada que é a vida.
Um beijão aos papais-coruja!!!

Em homenagem ao novo rebento, escolhi este vídeo, o qual achei uma gracinha!

http://br.youtube.com/watch?v=bvwADwFxhHw&feature=related


:o)

ECOS DA MALDADE

Recebi esta postagem no orkut e achei deveras interessante:


ECOS DA MALDADE

Apenas ve a maldade aquele que a reconhece dentro de si.
Essa é a verdadeira fragilidade, a ignorância.
A força está na união, no respeito, na compreensão, no reconhecimento do Ser Divino dentro de nós. Isso não requer palavras, nem pensamentos, mas sim consciência e humildade...
Só se considera acima ou abaixo do outro aquele que ainda não percebeu a totalidade,aquele que ainda não se reconhece no outro.
Aquele que ignora seu semelhante ainda não percebeu que está se afastando e ignorando a si mesmo, que está perdendo seu próprio agora e dando poder ao outro.
Aquele que julga, condena e sofre por pequenas coisas ainda não aprendeu a ouvir, a refletir, a sentir, a amar.
Só pode amar o outro como a si mesmo aquele que reconhece a divindade dentro de si, aquele que não se deixa abalar pelas aparências transitórias do que está ao seu redor, aquele que reverencia a si mesmo e ao outro.
Só dá importância à opinião alheia aquele que ainda não aprendeu a encontrar as suas próprias respostas, aquele que ainda caminha pela perna dos outros. A verdadeira força é estar em si mesmo e reconhecer seus próprios erros humildemente.
Aquele que se poupa para não sofrer ainda não aprendeu a viver, ainda não aprendeu a repeitar a si mesmo e ao outro, ainda acha que a força está na agressão e no desprezo.Tudo é nosso reflexo.

Foi postado por Mariangela Dal Sasso

segunda-feira, 24 de março de 2008

LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO (2)

O segundo texto se intutula "O lixo".
Para mim é gracioso, singelo, poético...

O lixo

Encontram-se na área de serviço. Cada um com seu pacote de lixo. É a primeira vez que se falam.
- Bom dia...
- Bom dia.
- A senhora é do 610.
- E o senhor do 612.
- É.
- Eu ainda não lhe conhecia pessoalmente...
- Pois é...
- Desculpe a minha indiscrição, mas tenho visto o seu lixo...
- O meu quê?
- O seu lixo.
- Ah...
- Reparei que nunca é muito. Sua família deve ser pequena...
- Na verdade sou só eu.
- Mmmm. Notei também que o senhor usa muito comida em lata.
- É que eu tenho que fazer minha própria comida. E como não sei cozinhar...
- Entendo.
- A senhora também...
- Me chame de você.
- Você também perdoe a minha indiscrição, mas tenho visto alguns restos de comida em seu lixo. Champignons, coisas assim...
- É que eu gosto muito de cozinhar. Fazer pratos diferentes. Mas, como moro sozinha, às vezes sobra...
- A senhora... Você não tem família?
- Tenho, mas não aqui.
- No Espírito Santo.
- Como é que você sabe?
- Vejo uns envelopes no seu lixo. Do Espírito Santo.
- É. Mamãe escreve todas as semanas.
- Ela é professora?
- Isso é incrível! Como foi que você adivinhou?
- Pela letra no envelope. Achei que era letra de professora.
- O senhor não recebe muitas cartas. A julgar pelo seu lixo.
- Pois é...
- No outro dia tinha um envelope de telegrama amassado.
- É.
- Más notícias?
- Meu pai. Morreu.
- Sinto muito.
- Ele já estava bem velhinho. Lá no Sul. Há tempos não nos víamos.
- Foi por isso que você recomeçou a fumar?
- Como é que você sabe?
- De um dia para o outro começaram a aparecer carteiras de cigarro amassadas no seu lixo.
- É verdade. Mas consegui parar outra vez.
- Eu, graças a Deus, nunca fumei.
- Eu sei. Mas tenho visto uns vidrinhos de comprimido no seu lixo...
- Tranqüilizantes. Foi uma fase. Já passou.
- Você brigou com o namorado, certo?
- Isso você também descobriu no lixo?
- Primeiro o buquê de flores, com o cartãozinho, jogado fora. Depois, muito lenço de papel.
- É, chorei bastante, mas já passou.
- Mas hoje ainda tem uns lencinhos...
- É que eu estou com um pouco de coriza.
- Ah.
- Vejo muita revista de palavras cruzadas no seu lixo.
- É. Sim. Bem. Eu fico muito em casa. Não saio muito. Sabe como é.
- Namorada?
- Não.
- Mas há uns dias tinha uma fotografia de mulher no seu lixo. Até bonitinha.
- Eu estava limpando umas gavetas. Coisa antiga.
- Você não rasgou a fotografia. Isso significa que, no fundo, você quer que ela volte.
- Você já está analisando o meu lixo!
- Não posso negar que o seu lixo me interessou.
- Engraçado. Quando examinei o seu lixo, decidi que gostaria de conhecê-la. Acho que foi a poesia.
- Não! Você viu meus poemas?
- Vi e gostei muito.
- Mas são muito ruins!
- Se você achasse eles ruins mesmo, teria rasgado. Eles só estavam dobrados.
- Se eu soubesse que você ia ler...
- Só não fiquei com eles porque, afinal, estaria roubando. Se bem que, não sei: o lixo da pessoa ainda é propriedade dela?
- Acho que não. Lixo é domínio público.
- Você tem razão. Através do lixo, o particular se torna público. O que sobra da nossa vida privada se integra com a sobra dos outros. O lixo é comunitário. É a nossa parte mais social. Será isso?
- Bom, aí você já está indo fundo demais no lixo. Acho que...
- Ontem, no seu lixo...
- O quê?
- Me enganei, ou eram cascas de camarão?
- Acertou. Comprei uns camarões graúdos e descasquei.
- Eu adoro camarão.
- Descasquei, mas ainda não comi. Quem sabe a gente pode...
- Jantar juntos?
- É.
- Não quero dar trabalho.
- Trabalho nenhum.
- Vai sujar a sua cozinha?
- Nada. Num instante se limpa tudo e põe os restos fora.
- No seu lixo ou no meu?


É ou não é uma fofura de texto? :o)


in Gigolô das Palavras. L&PM Editores, 1982.


LUÍS FERNANDO VERÍSSIMO (1)

Luís Fernando Veríssimo é um daqueles escritores que não podemos deixar de ler, pelo seu humor, pela sua picardia, pela sua leveza.
Selecionei dois textos de que gosto muito e que fazem parte do livro "O Gigolô das Palavras", publicado pela L&PM Editores, do Rio Grande do Sul, em 1982. O primeiro, que se intitula "Trapezista". Gosto dele pelo humor, até meio sarcástico, que apresenta...

Trapezista
Querida, eu juro que não era eu. Que coisa rídicula! Se você estivesse aqui - Alô? Alô? - Olha, se você estivesse aqui ia ver a minha cara, inocente como o Diabo. O quê? Mas como ironia? "Como o diabo" é força de expressão, que diabo. Você acha que eu ia brincar numa hora desta? Alô! Eu juro, pelo que há de mais sagrado, pelo túmulo da minha mãe, pela nossa conta no banco, pela cabeça dos nossos filhos, que não era eu naquela foto de carnaval no "Cascalho" que saiu na Folha da Manhã. O quê? Alô! Alô! Como é que eu sei qual a foto? Mas você não acaba de dizer... Ah, você não chegou a dizer.. Ah, você não chegou a dizer qual era o jornal. Bom, bem. Você não vai acreditar, mas acontece que eu também vi a foto. Não desliga! Eu também vi a foto e tive a mesma reação. Que sujeito parecido comigo, pensei. Podia ser gêmeo. Agora, querida, nunca, em nenhum momento, está ouvindo? Em nenhum momento me passou pela cabeça a idéia de que você fosse pensar - querida, eu estou até começando a achar graça - que você fosse pensar que aquele era eu. Pelo amor de Deus. Pra começo de conversa, você pode me imaginar de pareô vermelho e colar havaiano, pulando no "Cascalho" com uma bandida em cada braço? Não, faça-me o favor. E a cara das bandidas? Francamente, já que você não confia na minha fidelidade, que confiasse no meu bom gosto, poxa! O quê? Querida, eu não disse "pareô vermelho". Tenho a mais absoluta, a mais tranqüila, a mais inabálavel certeza que eu disse apenas "pareô". Como é que eu podia saber que era vermelho se a fotografia não era em cores, certo? Alô? Alô? Não desliga! Não... Olha, se você desligar está tudo acabado. Tudo acabado. Você não precisa nem voltar da praia. Fica aí com as criancças e funda uma colônia de pescadores. Não, estou falando sério.
Perdi a paciência. Afinal, se você não confia em mim não adianta nada a gente continuar. Um casamento deve se... se... como é mesmo a palavra?... se alicerçar na confianca mútua. O casamento é como um número de trapézio, um precisa confiar no outro até de olhos fechados. É isso mesmo. E sabe de outra coisa? Eu não precisava ficar na cidade durante o carnaval. Foi tudo mentira. Eu não tinha trabalho acumulado no escritório coisíssima nenhuma. Eu fiquei sabe para quê? Para testar você. Ficar na cidade foi como dar um salto mortal, sem rede, só pra sabe se você me pegaria no ar. Um teste do nosso amor. E você falhou. Você me decepcionou. Não vou nem gritar por socorro. Não, não me interrompa.
Desculpas, não adiatam mais. O próximo som que você ouvir será o do meu corpo se estatelando, com o baque surdo da desilusão, no duro chão da realidade. Alô? Eu disse que o próximo som que... O quê? Você não estava ouvindo nada? Qual foi a última coisa que você ouviu, coração? Pois sim, eu não falei - tenho certeza absoluta que não falei - em "pareô vermelho". Sei lá que cor era o pareô daquele cretino na foto. Você precisa acreditar em mim, querida. O casamento é como um número de...
Sim. Não. Claro. Como? Não. Certo. Quando você voltar pode perguntar para o... Você quer que eu jure? De novo? Pois eu juro. Passei sábado, domingo, segunda e terça no escritório. Não vi o carnavel nem pela janela. Só vim em casa tomar um banho e comer um sanduíche e vou logo voltar para lá. Como? Você telefonou para o escritório? Meu bem, é claro que a telefonista não estava trabalhando, não , bem? Ha, ha, você é demais. Olha querida? Alô? Sábado eu estou aí. Um beijo nas crianças. Socorro. Eu disse, um beijo.
:o)

EU SOU MAIS EU...

Hoje, estou mais livre, leve e solta...
Sinto-me melhor, porque fui deixando para trás uma série de equívocos... Não posso dizer que foram de todo maus... E que me arrependa de tê-los cometido. Pelo contrário, permitiram-me olhar para dentro de mim mesma. Ensinaram-me que hoje posso ser uma pessoa melhor... Já não me sinto mais um "nada" como no ano passado... E pude ver o meu reflexo em outro alguém... E, ao fazê-lo, percebi que não quero ser como essa pessoa o é: triste, introspectiva, e, por vezes, rude (mesmo que não quisesse)... As pessoas são como são pelas escolhas que elas fazem no decorrer de suas vidas. Nada acontece por acaso... Isso não existe... Passei a gostar mais de mim, me aceitar como eu sou... E vi a possibilidade de poder resgatar o mais valioso sentimento que um ser humano pode possuir por aqueles que o cercam: o amor... O amor por mim e pelos que convivem diretamente comigo... O amor por mim, sim, porque se não gostar de você primeiro, não há como conseguir amar aos outros...
Agora, permito-me chorar a hora que eu quiser e rir à vontade também, "e não ter a vergonha de ser feliz", como dizia Gonzaguinha.
Se eu quiser tomar banho de chuva no meu quintal e embaçar os meus óculos, eu vou... Se eu quiser falar para as pessoas "eu amo você", eu digo... Não vou me privar mais de fazer as coisas que quero...
Dentro de todo o respeito que resgatei por mim, vou me permitir fazer o que quero.
Como diz a canção de Sérgio Sampaio, "Eu quero é botar o meu bloco na rua"...

"Há quem diga que eu dormi de touca
Que eu perdi a boca
Que eu fugi da briga
Que eu cai do galho e que não vi saída
Que eu morri de medo quando o pau quebrou
Há quem diga que eu não sei de nada
Que eu não sou de nada e não peço desculpas
Que eu não tenho culpa
Mas que eu dei bobeira
E que Durango Kid quase me pegou
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar pra dar e vender
Eu por mim queria isso e aquilo
Um quilo mais daquilo
Um grilo menos nisso
É disso que eu preciso
Ou não é nada disso
Eu quero é todo mundo nesse carnaval
Eu quero é botar meu bloco na rua
Brincar, botar pra gemer
Eu quero é botar meu bloco na rua
Gingar, pra dar e vender"


sábado, 22 de março de 2008

FELIZ PÁSCOA!!!

A todos os meus familiares, amigos e futuros amigos...


Que vocês possam fazer com que cada dia de suas vidas sejam dias de Páscoa, renovando as esperanças para um mundo melhor, acreditando no amor que une as pessoas e é a força motriz para superar as dificuldades e revendo conceitos, para poder adequá-los à sua realidade e à realidade dos demais.


Um forte abraço,

Denise

23/03/2008

22 DE MARÇO - DIA MUNDIAL DA ÁGUA

Sei que já estamos no dia 22 de março... Entretanto, a questão da água deve ser amplamente discutida nos 365 dias do ano.
A ONU elegeu este ano como o Ano Internacional do Saneamento.
Vamos discutir sobre o assunto nas escolas, com os vizinhos, associações de bairro, nas igrejas.
Temos que nos unir. Caso contrário, a vida, daqui a alguns anos, será insustentável.

Coloco aqui um link sobre a questão do saneamento:

E esta canção fantástica de Guilherme Arantes, Planeta Água...

PACIÊNCIA


Outro texto de Arnaldo Jabor. Se intitula...


PACIÊNCIA


Ah! Se vendessem paciência nas farmácias e supermercados... Muita gente iria gastar boa parte do salário nessa mercadoria tão rara hoje em dia.
Por muito pouco a madame que parece uma "lady" solta palavrões e berros que lembram as antigas "trabalhadoras do cais"... E o bem comportado executivo?O "cavalheiro" se transforma numa "besta selvagem" no trânsito que ele mesmo ajuda a tumultuar...
Os filhos atrapalham, os idosos incomodam, a voz da vizinha é um tormento, o jeito do chefe é demais para sua cabeça, a esposa virou uma chata, o marido uma "mala sem alça". Aquela velha amiga uma "alça sem mala", o emprego uma tortura, a escola uma chatice.
O cinema se arrasta, o teatro nem pensar, até o passeio virou novela.
Outro dia, vi um jovem reclamando que o banco dele pela internet estava demorando a dar o saldo, eu me lembrei da fila dos bancos e balancei a cabeça, inconformado...
Vi uma moça abrindo um e-mail com um texto maravilhoso e ela deletou sem sequer ler o título, dizendo que era longo demais.
Pobres de nós, meninos e meninas sem paciência, sem tempo para a vida, sem tempo para Deus.
A paciência está em falta no mercado, e pelo jeito, a paciência sintéticados calmantes está cada vez mais em alta.
Pergunte para alguém, que você saiba que é "ansioso demais" onde ele quer chegar?
Qual é a finalidade de sua vida?
Surpreenda-se com a falta de metas, com o vago de sua resposta.
E você?
Onde você quer chegar?
Está correndo tanto para quê?
Por quem?
Seu coração vai agüentar?
Se você morrer hoje de infarto agudo do miocárdio o mundo vai parar?
A empresa que você trabalha vai acabar?
As pessoas que você ama vão parar?
Será que você conseguiu ler até aqui?
Respire... Acalme-se...
O mundo está apenas na sua primeira volta e, com certeza, no final do dia vai completar o seu giro ao redor do sol, com ou sem a sua paciência...

NÃO SOMOS SERES HUMANOS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA ESPIRITUAL. SOMOS SERES ESPIRITUAIS PASSANDO POR UMA EXPERIÊNCIA HUMANA.

COMO VEJO O OUTRO AGORA... UMA QUESTÃO DE LIBERDADE INDIVIDUAL...


Tenho aprendido ultimamente que eu não sou dona da verdade... e nem das pessoas... Que as pessoas têm seus gostos próprios, seus pensamentos próprios... Eu não posso querer moldá-las ao bel prazer só pelo fato de eu querer estar o tempo todo próximas a elas. Muitas vezes, cometo o exagero de ser extremamente possessiva. E, ao sê-lo, acabo por fazê-las distanciar-se de mim. E o que acontece? Entristeço-me, porque não as conheço profundamente, ignoro o que se passa em suas cabeças... Não posso exigir delas os mesmos sentimentos que deposito em qualquer relação afetiva (seja ela de amizade, familiar...) em que estejamos envolvidos, porque cada uma delas tem uma experiência de vida diferente. Eis aí a "questão do outro". E minha tremenda teimosia em acreditar que podemos sentir ou pensar igual. Não gostaria de imaginar que, muitas vezes, cheguei a "destruir" o que poderia ser uma grande amizade com pessoas admiráveis para satisfazer o meu "eu". Cada pessoa tem o seu tempo. Eu tenho o meu e você tem o seu... Custou um pouquinho até eu perceber que a minha falta de paciência com o tempo do outro poderia pôr tudo a perder...
Tenho que deixar que as pessoas voem e sejam livres como as borboletas, porque, afinal de contas, eu tampouco gostaria de ficar presa ao meu casulo. Tenho que deixá-las respirar... E eu também tenho que respirar...
Bom, nunca é tarde para aprender as coisas... Principalmente se levamos alguns "tombos" pelo meio do caminho... As quedas são necessárias... E o saber levantar-se é primoridial.
E aquele que "conhece" é livre e pode transgredir algumas regras que o mundo lhe impõe sem prejudicar ao outro.
Transgredir, pelo meu modo de pensar, é mudar o seu estado de pedra bruta para uma pedra preciosa, lapidada, e é tentar mostrar quem você é de fato. Não aceitar tudo o que o mundo quer que você seja de modo gratuito. É saber refletir, analisar... saber dizer "Sim" e saber ouvir um "Não". É aceitar o outro como ele é. Saber respeitar as diferenças... Não sufocar o outro e não sentir-se sufocado... E, além de tudo, é não inculcar com aquele que não o aceita como você é. Se alguém não gosta do seu jeito, não tem respeito pelos seus sentimentos, por mais simples que eles sejam, é melhor pensar se vale realmente a pena investir no relacionamento, seja ele qual for.
A Liberdade é fácil de se alcançar?
Não é não. Principalmente, quando é você que não se permite alcançá-la por um capricho só seu.
Mas é muito possível...
Basta um esforço seu ou, por que não dizer também, um "empurrãozinho" de alguém que tenha estima por você.




Liberdade

Ai que prazer
Não cumprir um dever,
Ter um livro para ler
E não fazer!
Ler é maçada,
Estudar é nada.
Sol doira
Sem literatura
O rio corre, bem ou mal,
Sem edição original.
E a brisa, essa,
De tão naturalmente matinal,
Como o tempo não tem pressa...
Livros são papéis pintados com tinta.
Estudar é uma coisa em que está indistinta
A distinção entre nada e coisa nenhuma.
Quanto é melhor, quanto há bruma,
Esperar por D.Sebastião,
Quer venha ou não!
Grande é a poesia, a bondade e as danças...
Mas o melhor do mundo são as crianças,
Flores, música, o luar, e o sol, que peca
Só quando, em vez de criar, seca.
Mais que isto É Jesus Cristo,
Que não sabia nada de finanças
Nem consta que tivesse biblioteca...

Fernando Pessoa


sexta-feira, 21 de março de 2008

QUANDO A GENTE AMA...

Acho que ando meio inspirada ultimamente...

É uma gracinha esta canção de Osvaldo Montenegro.

quinta-feira, 20 de março de 2008

ORAÇÃO DE SÃO FRANCISCO

Senhor,
Fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.

Ó Mestre,
Fazei que eu procure mais.
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois, é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna."


terça-feira, 18 de março de 2008

É ISSO AÍ...

Não tenho palavras... Esta música é linda "por demais" rsrs.
Ana Carolina e Seu Jorge estão DEZ!!!

ENCONTROS E DESPEDIDAS...

Se eu tivesse que descrever como me sinto hoje, eu não saberia dizer... Bateu um vazio grande... Uma sensação de perda... Aí me lembrei desta canção de Milton Nascimento. Eu espero que Deus ilumine sempre o caminho das pessoas que são especiais para mim, mesmo que elas tenham que estar distantes, pelo motivo que for. Desejo que elas possam encontrar a paz tão almejada e que um dia a gente possa se "trombar" por aí, sim, e recordar as coisas "meio maluquinhas" que a vida nos preparou.


segunda-feira, 17 de março de 2008

Reencontrei a Valderez

Este ano está prometendo...
Primeiro, conheci pessoas interessantíssimas... seja no curso de Araraquara ou pela internet.
Depois, reencontrei a minha prima Zilah, que há muito não via, e a quem estimo muito.
E agora, revejo a minha amiga Valderez, que trabalhou comigo no Bradesco (meu primeiro emprego...). Estávamos no Extra. Tenho muito a agradecer a ela, pois foi a pessoa que me ensinou o "beabá" do trabalho que tínhamos que executar no antigo Bradesco Turísmo, na Cidade de Deus... Chorei no meio do supermercado mesmo! Foi uma emoção danada. Adoro-a. Dedico a ela o poema de Machado de Assis, que segue abaixo:



BONS AMIGOS
Abençoados os que possuem amigos, os que os têm sem pedir.
Porque amigo não se pede, não se compra, nem se vende.
Amigo a gente sente!
Benditos os que sofrem por amigos, os que falam com o olhar.
Porque amigo não se cala, não questiona, nem se rende.
Amigo a gente entende!
Benditos os que guardam amigos, os que entregam o ombro pra chorar.
Porque amigo sofre e chora.
Amigo não tem hora pra consolar!
Benditos sejam os amigos que acreditam na tua verdade ou te apontam a realidade.
Porque amigo é a direção.
Amigo é a base quando falta o chão!
Benditos sejam todos os amigos de raízes, verdadeiros.
Porque amigos são herdeiros da real sagacidade.
Ter amigos é a melhor cumplicidade!
Há pessoas que choram por saber que as rosas têm espinho,
Há outras que sorriem por saber que os espinhos têm rosas!


Machado de Assis

domingo, 16 de março de 2008

Algumas músicas que têm marcado a minha vida...

Vou postar dois vídeos de músicas que estão sendo muito significativas pra mim nos últimos dois meses, ambas interpretadas por Roupa Nova.
A primeira se chama "Dona", linda! E a segunda, "Mistérios", a qual não pretendo ficar comentando aqui. Prefiro sentí-la todos os dias, pois é o que eu faço quando acordo todas as manhãs. Ela é muito especial para mim... Ninguém pode imaginar a dimensão de sua importância em minha vida.

DONA


MISTÉRIOS

:o)

sexta-feira, 14 de março de 2008

MERCEDES SOSA


Mercedes Sosa es uno de los mayores exponentes de la canción latinoamericana. Nació en Tucumán, Argentina, el día 09 de julio de 1935. Con su voz grave y estilo único, interpretó y sigue interpretando canciones conocidas por todos: Gracias a la vida, María María, En los bailes de la vida, Canción con todos, Todo cambia, La Carta, Volver a los diecisiete, Los hermanos. Su repertorio presenta temas variados que van desde la sencillez del amor, la latinidad, hasta canciones de protesta (la lucha por los derechos de los más pobres, rechazo al imperialismo de las naciones más ricas, la igualdad entre las personas). La llaman "La Negra" a causa de su pelo largo y negro.

Sigue, a continuación, el vídeo de la canción "Todo cambia" (letra y música son de Julio Numhauser).


O que vem a ser a ausência...


Geralmente, pensamos que a ausência ocorre pela falta que uma pessoa nos faz; uma pessoa que já esteve em nossa vida e que se foi ou que não está diariamente em nosso convívio. Mas não é bem assim... Depois de ler Drummond, comecei a pensar diferente. Vi que a ausência é como sentir saudade... Não é triste, porque você pode guardar a pessoa dentro de si... e pode guardar também as marcas que essa pessoa deixou. É uma lembrança gostosa... É recordar as coisas boas que se passaram em sua vida.




Ausência

Por muito tempo achei que a ausência é falta.
E lastimava, ignorante, a falta.
Hoje não a lastimo.
Não há falta na ausência.
A ausência é um estar em mim.
E sinto-a, branca, tão pegada, aconchegada nos meus braços,
que rio e danço e invento exclamações alegres,
porque a ausência, essa ausência assimilada,
ninguém a rouba mais de mim.
Carlos Drummond de Andrade

quarta-feira, 12 de março de 2008

Este cuento de Mario Benedetti puede enseñarnos cómo somos débiles ante las implacables garras del destino. No importa cuanto se haga, cuanto se esfuerce uno para alcanzar sus objetivos... el fin es algo que no se puede evitar...
A imagen y semejanza
(La muerte y otras sorpresas, 1968)

Era la última hormiga de la caravana, y no pudo seguir la ruta de sus compañeras. Un terrón de azúcar había resbalado desde lo alto, quebrándose en varios terroncitos. Uno de éstos le interceptaba el paso. Por un instante la hormiga quedó inmóvil sobre el papel color crema. Luego, sus patitas delanteras tantearon el terrón. Retrocedió, después se detuvo. Tomando sus patas traseras como casi punto fijo de apoyo, dio una vuelta alrededor de sí misma en el sentido de las agujas de un reloj. Sólo entonces se acercó de nuevo. Las patas delanteras se estiraron, en un primer intento de alzar el azúcar, pero fracasaron. Sin embargo, el rápido movimiento hizo que el terrón quedara mejor situado para la operación de carga. Esta vez la hormiga acometió lateralmente su objetivo, alzó el terrón y lo sostuvo sobre su cabeza. Por un instante pareció vacilar, luego reinició el viaje, con un andar bastante más lento que el que traía. Sus compañeras ya estaban lejos, fuera del papel, cerca del zócalo. La hormiga se detuvo, exactamente en el punto en que la superficie por la que marchaba, cambiaba de color. Las seis patas hollaron una N mayúscula y oscura. Después de una momentánea detención, terminó por atravesarla. Ahora la superficie era otra vez clara. De pronto el terrón resbaló sobre el papel, partiéndose en dos. La hormiga hizo entonces un recorrido que incluyó una detenida inspección de ambas porciones, y eligió la mayor. Cargó con ella, y avanzó. En la ruta, hasta ese instante libre, apareció una colilla aplastada. La bordeó lentamente, y cuando reapareció al otro lado del pucho, la superficie se había vuelto nuevamente oscura porque en ese instante el tránsito de la hormiga tenía lugar sobre una A. Hubo una leve corriente de aire, como si alguien hubiera soplado. Hormiga y carga rodaron. Ahora el terrón se desarmó por completo. La hormiga cayó sobre sus patas y emprendió una enloquecida carrerita en círculo. Luego pareció tranquilizarse. Fue hacia uno de los granos de azúcar que antes había formado parte del medio terrón, pero no lo cargó. Cuando reinició su marcha no había perdido la ruta. Pasó rápidamente sobre una D oscura, y al reingresar en la zona clara, otro obstáculo la detuvo. Era un trocito de algo, un palito acaso tres veces más grande que ella misma. Retrocedió, avanzó, tanteó el palito, se quedó inmóvil durante unos segundos. Luego empezó la tarea de carga. Dos veces se resbaló el palito, pero al final quedó bien afirmado, como una suerte de mástil inclinado. Al pasar sobre el área de la segunda A oscura, el andar de la hormiga era casi triunfal. Sin embargo, no había avanzado dos centímetros por la superficie clara del papel, cuando algo o alguien movió aquella hoja y la hormiga rodó, más o menos replegada sobre sí misma. Sólo pudo reincorporarse cuando llegó a la madera del piso. A cinco centímetros estaba el palito. La hormiga avanzó hasta él, esta vez con parsimonia, como midiendo cada séxtuple paso. Así y todo, llegó hasta su objetivo, pero cuando estiraba las patas delanteras, de nuevo corrió el aire y el palito rodó hasta detenerse diez centímetros más allá, semicaído en una de las rendijas que separaban los tablones del piso. Uno de los extremos, sin embargo, emergía hacia arriba. Para la hormiga, semejante posición representó en cierto modo una facilidad, ya que pudo hacer un rodeo a fin de intentar la operación desde un ángulo más favorable. Al cabo de medio minuto, la faena estaba cumplida. La carga, otra vez alzada, estaba ahora en una posición más cercana a la estricta horizontalidad. La hormiga reinició la marcha, sin desviarse jamás de su ruta hacia el zócalo. Las otras hormigas, con sus respectivos víveres, habían desaparecido por algún invisible agujero. Sobre la madera, la hormiga avanzaba más lentamente que sobre el papel. Un nudo, bastante rugoso de la tabla, significó una demora de más de un minuto. El palito estuvo a punto de caer, pero un particular vaivén del cuerpo de la hormiga aseguró su estabilidad. Dos centímetros más y un golpe resonó. Un golpe aparentemente dado sobre el piso. Al igual que las otras, esa tabla vibró y la hormiga dio un saltito involuntario, en el curso del cual, perdió su carga. El palito quedó atravesado en el tablón contiguo. El trabajo siguiente fue cruzar la hendidura, que en ese punto era bastante profunda. La hormiga se acercó al borde, hizo un leve avance erizado de alertas, pero aún así se precipitó en aquel abismo de centímetro y medio. Le llevó varios segundos rehacerse, escalar el lado opuesto de la hendidura y reaparecer en la superficie del siguiente tablón. Ahí estaba el palito. La hormiga estuvo un rato junto a él, sin otro movimiento que un intermitente temblor en las patas delanteras. Después llevó a cabo su quinta operación de carga. El palito quedó horizontal, aunque algo oblicuo con respecto al cuerpo de la hormiga. Esta hizo un movimiento brusco y entonces la carga quedó mejor acomodada. A medio metro estaba el zócalo. La hormiga avanzó en la antigua dirección, que en ese espacio casualmente se correspondía con la veta. Ahora el paso era rápido, y el palito no parecía correr el menor riesgo de derrumbe. A dos centímetros de su meta, la hormiga se detuvo, de nuevo alertada. Entonces, de lo alto apareció un pulgar, un ancho dedo humano y concienzudamente aplastó carga y hormiga.
Mario Benedetti
(Paso de los Toros, Departamento de Tacuarembó,Uruguay, 14 de septiembre del 1920)
O SILÊNCIO

O Silêncio pode estar na dúvida de um olhar!
Na incompreensão de algum sentimento,
Na incerteza de reciprocidade.
Pode estar num coração que ama ‘loucamente’,
Que enfrenta desafios impostos.
Pela incessante busca de quem ‘pode estar ausente’.
Também pode estar na certeza de um sorriso,
Um silêncio calmo, brando!
Com o amor em seu Ser, refletido!
Ele encontra-se no diário aprendizado,
Em meio a observações,
Distingue o ‘certo do errado’!
O Silêncio está em toda parte:
Na semente que cresce,
No sol que se põe.
Na chuva que cai,
No vento que sopra.
Na estrela que enfeita o céu,
Nas ondas do mar.
Nas curvas do riacho,
Na flor que perfuma!
Num caloroso abraço,
No ombro amigo!
Num beijo na face,
Na proteção do outro,
Na segurança oferecida,
Na risada espontânea...
O Silêncio revela cada sensação,
Cada sentimento,
O que está ‘escondido no coração’!
É o Mestre da observação,
Que ensina e que ‘confunde’...
Quando não interpretado com atenção.
Questionar?
Duvidar?
Assim como na Natureza,
Deixe na vida o ‘Silêncio agir’,
Aprendendo a confiar,
Que o Tempo, tudo lhe dirá!

terça-feira, 11 de março de 2008

Gosto muito do Arnaldo Jabor.
Ele tem um quê especial ao falar das mulheres... Recomendaria a vocês um livro seu chamado "Amor é prosa, sexo é poesia" (Crônicas afetivas). É bem interessante.


O MUNDO SEM AS MULHERES

O cara faz um esforço desgraçado para ficar rico pra quê? O sujeito quer ficar famoso pra quê? O indivíduo malha, faz exercícios pra quê? A verdade é que é a mulher o objetivo do homem. Tudo que eu quis dizer é que o homem vive em função de você. Vivem e pensam em você o dia inteiro, a vida inteira... Se você, mulher, não existisse, o mundo não teria ido pra frente. Homem algum iria fazer alguma coisa na vida para impressionar outro homem, para conquistar um sujeito igual a ele, de bigode e tudo. Um mundo só de homens seria o grande erro da criação. Já dizia a velha frase que atrás de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher'. O dito está envelhecido. Hoje eu diria que 'na frente de todo homem bem-sucedido existe uma grande mulher'. É você, mulher, quem impulsiona o mundo. É você quem tem o poder, e não o homem. É você quem decide a compra do apartamento, a cor do carro, o filme a ser visto, o local das férias. Bendita a hora em que você saiu da cozinha e, bem-sucedida ficou na frente de todos os homens. E, se você que está lendo isto aqui for um homem, tente imaginar a sua vida sem nenhuma mulher. Aí na sua casa, onde você trabalha, na rua. Só homens. Já pensou? Um casamento sem noiva? Um mundo sem sogras? Enfim, um mundo sem metas.
ALGUNS MOTIVOS PELOS QUAIS OS HOMENS GOSTAM TANTO DE MULHERES:
1- O cheirinho delas é sempre gostoso, mesmo que seja só xampu.
2 - O jeitinho que elas têm de sempre encontrar o lugarzinho certo em nosso ombro.
3 - A facilidade com a qual cabem em nossos braços.
4 - O jeito que tem de nos beijar e, de repente, fazer o mundo ficar perfeito.
5 - Como são encantadoras quando comem.
6- Elas levam horas para se vestir, mas no final vale a pena.
7- Porque estão sempre quentinhas, mesmo que esteja fazendo trinta graus abaixo de zero lá fora.
8- Como sempre ficam bonitas, mesmo de jeans com camiseta e rabo-de-cavalo.
9- Aquele jeitinho sutil de pedir um elogio.
10- Como ficam lindas quando discutem.
11- O modo que tem de sempre encontrar a nossa mão.
12- O brilho nos olhos quando sorriem.
13 - Ouvir a mensagem delas na secretária eletrônica logo depois de uma briga horrível.
14 - O jeito que tem de dizer 'Não vamos brigar mais, não...'
15 - A ternura com que nos beijam quando lhes fazemos uma delicadeza.
16 - O modo de nos beijarem quando dizemos 'eu te amo'.
17 - Pensando bem, só o modo de nos beijarem já basta.
18 - O modo que têm de se atirar em nossos braços quando choram.
19 - O jeito de pedir desculpas por terem chorado por alguma bobagem.
20 - O fato de nos darem um tapa achando que vai doer.
21 - O modo com que pedem perdão quando o tapa dói mesmo (embora jamais admitamos que doeu).
22 - O jeitinho de dizerem 'estou com saudades'...
23 - As saudades que sentimos delas.
24 - A maneira que suas lágrimas tem de nos fazer querer mudar o mundo para que mais nada lhes cause dor.

Isso não é uma corrente, apenas mande para todas as mulheres de sua lista para elas perceberem o quanto são importantes, e para os homens, para que eles lembrem o quanto vocês são essenciais!!!

Arnaldo Jabor

segunda-feira, 10 de março de 2008

Porto Solidão - Jessé

Uma voz magnífica... uma canção inesquecível...

domingo, 9 de março de 2008

(Don Quijote y Sancho Panza - Pablo Picasso)
A quien le guste la literatura española, sigue un sitio muy interesante sobre El Ingenioso Hidalgo Don Quijote de la Mancha. Vale la pena conferir. Es un entretenido juego que os llevará a conocer la historia del "caballero de la triste figura".


Sugerencia: Para empezar el juego, os aconsejo a ir al ícono que lleva la carita de Don Quijote, llamada "Aventúrate". ¡Buen provecho!
:o)


Deise, o meu tesourinho!!!


Falar de minha irmã querida é regozijante.
Ela simplesmente é um tesouro que Deus nos mandou. Veio em um momento meio difícil de nossas vidas, para dar a luz de que estávamos precisando. Como seu nome mesmo diz, é a "margaridinha" que veio enfeitar o jardim da família Duarte.
Amo-a do fundo de meu coração.
As palavras que transcrevo a seguir não são minhas, mas transmitem o mesmo carinho que tenho por ela. Não fala da menina-moça que ela é, mas de quando chegou ao nosso lar.
Um beijo grande.
Irmã
É a luz da minha vida
Desde o dia em que nasceu.
Vejo na sua linda alma
A pessoa em que me tornei.
A sua procura constante
De algo que a faça feliz,
Dá-me força suficiente
Para ser quem sempre quis.
O seu sorriso sem dentes
Capaz de aquecer uma sala inteira.
E os seus olhos amendoados
Que só vêem a esperança de um melhor futuro.
Minha irmãzinha linda,
Sangue do meu sangue,
Sê a luz do meu caminho
E eu serei o teu anjo da guarda para sempre.

O Eco da Vida

O Eco da Vida
Um pai e um filho vão caminhando pelas montanhas. De repente, o menino cai, se machuca e grita:
- Ai!!
Para sua surpresa, escuta sua voz se repetindo em algum lugar da montanha:
- Ai !!!
Curioso o menino pergunta:
- Quem é você?
E recebe como resposta:
- Quem é você?
Contrariado grita:
- Seu covarde!
E escuta como resposta:
- Seu covarde!
O menino olha para o pai e pergunta, aflito:
- O que é isso?
O pai sorri e fala:
- Meu filho, preste atenção.
Então, o pai grita em direção à montanha:
- Eu admiro você!
A voz responde:
- Eu admiro você!
De novo, o homem grita:
- Você é um campeão!
A voz responde:
- Você é um campeão!
O menino fica espantado. Não entende. E o seu pai explica:
- As pessoas chamam isso de ECO, mas, na verdade, isso é a VIDA. A VIDA lhe dá de volta tudo o que você DIZ, tudo o que você DESEJA DE BEM E MAL AOS OUTROS. A VIDA lhe devolverá toda BLASFÊMIA, INVEJA, INCOMPREENSÃO, FALTA DE HONESTIDADE que você desejou, praguejou às pessoas que lhe cercam.
NOSSA VIDA é simplesmente o REFLEXO das nossas ações.
Se você quer mais AMOR, COMPREENSÃO, SUCESSO, HARMONIA, FIDELIDADE crie mais AMOR, COMPREENSÃO, HARMONIA, no seu coração.
Se agir assim, A VIDA lhe dará FELICIDADE, SUCESSO, AMOR das pessoas que lhe cercam.

O curso em Araraquara


Fazer o curso inter-universitário em Araraquara foi fantástico. Diziam que, pelo tempo que tenho dando aulas de espanhol, seria meio massante. Pelo contrário, foi um curso que me fez lembrar muitas coisas: viagem para a Espanha, começo de carreira... Além do que pude compartilhar muitas emoções junto com a Rosa, amiga de ontem, hoje e sempre (Puxa, já faz 20 anos que nos conhecemos!!) e Milene, ex-aluna do CEL, que se revelou uma maravilhosa profissional na área de língua espanhola e hoje forma parte do grupo de amigas que tenho. Amei!